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FERNAND GREGH
( FRANÇA )
Fernand Gregh é filho do compositor Louis Gregh (1843-1915). Continuou os seus estudos no Liceu Michelet, depois em Louis-le-Grand e Condorcet, onde Marcel Proust foi seu colega. Em 1890, ganhou o primeiro prêmio de composição francesa no concurso geral, depois estudou filosofia na Sorbonne .
Quando jovem, tornou-se frequentador assíduo do salão da Sra. Arman de Caillavet, onde continuou a conviver com Marcel Proust. Em 1892 fundou uma revista chamada Le Banquet que publicou seus primeiros versos, e os de Proust, bem como escritos de Daniel Halévy, Robert de Flers, Jacques Bizet, Jacques Baignères, Gaston Arman de Caillavet, todos amigos de juventude de Gregh e de Proust. O jovem Léon Blum publicou ali algumas páginas, assim como Henri Bergson por amizade com esses jovens.
Gregh fundou a escola humanista em 1902 que pretendia devolver à poesia a sua tradição Hugoliana ou o seu romantismo Lamartino. Na verdade, ele deseja limitar a influência do simbolismo e se opõe aos parnasianos.
Casou-se com Harlette Hayem em 1903 .
Ele foi presidente da Sociedade dos Homens de Letras em 1949-1950.
Gregh foi rejeitado diversas vezes pela Academia Francesa: apresentou-se treze vezes antes de ser eleito em 1953, para a cadeira de Charles de Chambrun, quando estava prestes a completar oitenta anos, no mesmo dia que Pierre Gaxotte e que o duque de Lévis- Mirepoix. Roger Peyrefitte insinuará que foi eleito porque, tendo o seu filho se tornado diretor do Orçamento, os Imortais esperavam que o seu novo colega lhes fosse um apoio em caso de possíveis problemas com o fisco.
Ele descansa com sua esposa no cemitério de Thomery. Ele é o pai de François-Didier Gregh e Geneviève Gregh, primeira esposa de Maurice Druon.
TEXTO EN FRANÇAIS - TEXTO EM PORTUGUÊS
ALMEIDA, Guilherme de. POETAS DE FRANÇA. São Paulo: 1936.
Ex. bibl. Antonio Miranda
IL PLEUT
Il pleut,
Les vitres tintent.
Le vent de Mai fait dans le parc un bruit d´automne.
Une porte, en battant sans fin, grince une plainte
Mineure et monotone.
Il pleut…
On drait par moments qu´un million d´pingles
Se heurt aux vitres est les cingle.
Il pleut.
Les vitres tintent.
Le ciel cache un à un ses coins légers de bleu
Sous de rapides nuées grises.
Il pleut :
La vie est triste !
— N´importe !
Souffle le vent, batte la porte,
Tombe la pluie !
N´importe.
J´ai dans mes yeux une clarté qui m´éblouit ;
J´ai dans ma vie un grand espace bleu ;
J´ai dans mon couer un jardin vert ombré de palmes
Que balancent en plein azur les brises calmes :
Je song à elle !
— La vie est belle !
TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de Guilherme de Almeida.
CHOVE
Chove, põe no parque um solução de outono.
Range uma porta e bate, e parece que implora
Numa voz de abandono.
Chove...
Dir-se-ia que milhões de alfinetes acertam
Nos vidros frios e se espetam.
Chove.
A vidraça chora.
O céu esconde a última nesga azul, que existe,
Sob um manto cinzento e móvel.
Chove:
Que importa !
Tenho nos olhos um clarão que nada turva;
Tenho na vida um céu azul e móvel;
Tenho na alma um jardim ondulante de palmas
Balançadas em pleno anil por brisas calmas:
Chove...
— A vida é bela !
*
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Página publicada em junho de 2024.
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